Estamos as voltas de uma nova reforma da previdência, e o debate sobre a necessidade de reformas é assunto recorrente, ao menos desde quando comecei a trabalhar, no início dos anos 1980. Noto que é quase consenso entre as pessoas que trabalham na iniciativa privada e produzem a riqueza nacional a necessidade de se fazer reformas na previdência, na política na organização tributária, entre outras.

A previdência social brasileira é uma máquina de produzir desigualdades, perpetrar injustiças e transferir dinheiro dos mais pobres para os mais aquinhoados; verdadeira aberração com a qual não podemos concordar, senão vejamos.

Existem basicamente dois sistemas de previdência o RGPS (Regime Geral) dos brasileiros de segunda classe, trabalhadores da iniciativa privada, com 97 milhões de participantes, sendo 65 milhões de contribuintes e 32 milhões de beneficiários, aposentados ou pensionistas. Esse sistema gerou um déficit de 192 bilhões de reais total, ou R$ 1.974,00 por pessoa.

O outro sistema é o RPPS (Regime Próprio), dos cidadãos de primeira classe, funcionários públicos da União, estados, DF, e maiores municípios, com 10 milhões de participantes, sendo 6 milhões de contribuintes e 4 milhões de beneficiários. Gerou um prejuízo de 187 bilhões de reais total, e R$ 17.990,00 por pessoa. Ou seja, dez vezes maior.

Por Vinícius Boeira

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